Startups e Gerenciamento de Projetos não Estão em Lados Opostos

9 de julho de 2015

 

Gerenciar projetos inclui estabelecer processos, procedimentos, documentação e manter o controle de configuração. Startups, por outro lado, muitas vezes se orgulham do empreendedorismo, da flexibilidade e da ausência de processos e procedimentos.
Mas, processos e procedimentos não são a antítese do espírito empresarial e da flexibilidade. De esp_artigo01fato, o gerenciamento de projetos, programas e portfólios pode ajudar uma startup a gerenciar o seu crescimento.
Quando os líderes de uma startup permitem que mudanças aconteçam sem qualquer processo, estratégia ou estrutura, a organização terá que lutar muito para se manter. Os gerentes de projeto podem ajudar a fornecer a estrutura e, ao mesmo tempo, demonstrar como se adaptar à mudança.
Por exemplo, se a organização tem 20 funcionários hoje e espera adicionar 180 nos próximos 2 anos, como exatamente se dará esse crescimento? Será que todos os novos funcionários serão contratados no mês 24? Será que todos os recursos precisam das mesmas habilidades? É preciso treinamento? Estes são pontos em que os gerentes de projeto podem ajudar.
Mais tarde, com o crescimento da organização, executivos auxiliados por gerentes de projeto podem montar juntos um roadmap para lidar com questões como vendas, necessidades de TI e de sistemas ou políticas de viagem. Esta pode ser a hora de transferir o trabalho para um gerente responsável pela visão estratégica global do programa em vez de projetos individuais.
O gerente de programa pode trabalhar diretamente com os líderes ou reportar a um gerente de portfólio. O objetivo do programa pode ser a entrega da mudança organizacional, incluindo TI, processos / procedimentos, recursos humanos etc. Quando eu atuei como gerente de programa me concentrei na obtenção dos benefícios e implementação do roadmap.
Por exemplo, quando uma empresa pequena se torna de médio porte, o problema número um pode ser ter pessoal para atender às necessidades de vendas. Vamos supor que o roadmap do gerente de programa considerou que o segundo trimestre seria quando os benefícios com as vendas seriam realizados e o aumento de pessoal ocorreria. Se o gerente de programa perceber que as vendas estão ocorrendo muito mais rapidamente do que o previsto, ele irá discutir alternativas com os líderes. Uma opção seria a diminuição das vendas. Outra, retardar o desenvolvimento de processos e procedimentos, concentrando mais recursos na contratação de pessoal para continuar a impulsionar as vendas.
Finalmente, o gerente de portfólio pode conduzir uma mudança estratégica em uma startup crescendo numa organização estabelecida. O gerente de portfólio ouve as metas estratégicas dos líderes. Numa pequena empresa em rápida transição, os objetivos estratégicos não deveriam se alterar frequentemente, mas podem ser adaptados.
O gerente de portfólio auxilia a C-suite (CEO, CFO, CTO etc.) com governança e entendimento de como selecionar projetos / programas que conduzam ao resultado final – crescimento sem insolvência. Ele também vai aplicar governança para informar investidores, líderes e as partes interessadas. Com um gerente de portfólio conectando estratégia e execução, a organização emergente pode aumentar suas chances de crescer rapidamente e com sucesso.

Por Wanda Curlee

Fonte: PMI e-Link Julho 2015
Este artigo foi publicado no dia 23 de abril de 2015 no ProjectManagement.com

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